As denúncias contra o ex-ministro Orlando Silva vieram à tona no último dia 15 de outubro. Nesta quarta-feira, dia 26, Orlando Silva entregou à presidente Dilma Rousseff sua carta de demissão. Ele é o sexto ministro a deixar o cargo. Confira abaixo os fatos que levaram à queda de Orlando Silva:
15/10 – Na ocasião, uma reportagem da revista “Veja” denunciava que o PC do B – partido de Silva – teria organizado uma estrutura dentro da pasta com o objetivo de desviar dinheiro público do programa Segundo Tempo
usando ONGs como fachada. Silva é apontado na matéria como mentor e beneficiário do esquema.
16/10 – No dia seguinte à chegada da revista às bancas, Orlando Silva se reuniu com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para discutir as denúncias. O encontro aconteceu na casa da ministra. Por meio de sua assessoria, Gleisi informou que o encontro não se tratou de uma convocação, mas de uma conversa para que ela pudesse ouví-lo e se inteirar do caso.
18/10 – A Polícia Federal adiou o depoimento do policial João Dias Ferreira, pivô das denúncias contra Orlando Silva. Na ocasião, Dias Ferreira alegou problemas de saúde.
No mesmo dia, Orlando Silva participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e voltou a negar as acusações. Durante a reunião, ele disse que os acusadores não tinham provas das denúncias e voltou a repudiar as afirmações. Ainda no dia 18, o Ministério da Justiça determinou à Polícia Federal que desse proteção especial a João Dias Ferreira.
20/10 – O policial militar João Dias Ferreira prestou depoimento à Polícia Federal por mais de sete horas. Durante a oitiva, ele falou sobre as acusações que fez contra o Ministério do Esporte e disse à imprensa que apresentou provas à Polícia Federal. Após o depoimento, a Polícia Federal afirmou que iria apurar as denúncias de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte.
21/10 – Orlando Silva se reuniu com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto para falar sobre a crise. Após o encontro, Dilma disse que o governo “não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência”. Aos jornalistas, Silva confirmou que continuaria no cargo.
22/10 – Uma nova denúncia envolvendo o ministério do Esporte e Orlando Silva foi publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo”. Na data, um pastor evangélico disse à publicação de que teria sido pressionado a repassar 10% da verba recebida para uma ONG aos cofres do PC do B.
25/10 – O ex-ministro foi ouvido pela comissão especial da Câmara dos Deputados responsável pela análise do projeto da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014. Na ocasião, deputados da oposição voltaram a pedir seu afastamento. Após a reunião, Silva afirmou que sua permanência no cargo dependia da presidente Dilma.
No mesmo dia, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de investigar Orlando Silva agravou ainda mais a crise no governo. O pedido foi feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
26/10 – Orlando Silva se encontra com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e com representantes da cúpula do PC do B no Palácio do Planalto para discutir a crise.
Após conversa com a presidente Dilma Rousseff, Orlando Silva decide entregar o cargo.(veja)
Nenhum comentário:
Postar um comentário