(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O depoimento de delação premiada, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho contou que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) era “chorão” ao pedir contribuições da empresa para campanhas eleitorais.
Ao relatar um suposto caso de pagamento de propina, Melo afirmou que ele reclamava para receber valores da empresa acima do combinado.
“Ele era um chorão [...] Me perdoe até o termo, ele reclamava. ‘Não é possível que você não possa fazer nenhum esforço'”, disse o ex-executivo, reproduzindo conversa com Geddel. “E eu disse: 'Ô senhor Geddel, o senhor participa da reunião, o senhor vai lá e fala com o presidente da empresa’”, completou (veja o depoimento completo no vídeo abaixo).
"Quem tem boca fala o que quer. No momento oportuno, meus advogados vão se pronunciar e mostrar que essas delações são ficção científica", afirmou Geddel sobre as declarações do delator.
Cláudio Melo conta sobre obra com suposto pagamento de propina Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima
Claudio Melo contou que, em 2008, destinou a Geddel R$ 210 mil de um contrato da Odebrecht no Piauí para uma obra pública denominada “Tabuleiros Litorâneos da Parnaíba”. Na época, o baiano era ministro da Integração Nacional no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Cláudio Melo, o dinheiro foi repassado por meio de caixa dois, de forma não declarada à Justiça, e foi usado em campanhas do PMDB na Bahia para as eleições municipais daquele ano.
O ex-executivo disse que tinha uma relação de amizade e chegou a presenteá-lo com um relógio de R$ 50 mil, pagos pela Odebrecht.
Também contou que, a seu pedido, Geddel apresentou uma vez uma emenda numa medida provisória de interesse da Odebrecht, na época em que era deputado. “Eu não fiz nenhum outro pedido a ele, mas tenho certeza que se fizesse ele atenderia”, disse Melo.
Numa planilha anexada à delação, Geddel aparece sob o codinome "Babel" como destinatário de "1.500", valor possivelmente correspondente a R$ 1,5 milhão. Na lista de 53 políticos, ele foi o que mais recebeu recursos.
Investigação
No último dia 4, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou o caso para a Justiça Federal no Piauí abrir investigação sobre o ex-ministro.
Além dele, será investigado o também ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que teria recebido R$ 112 mil em razão da obra. Henrique Alves afirmou ter certeza de que tudo será esclarecido, e o processo, arquivado.
Geddel foi ministro da Integração Nacional do governo Lula e ministro da Secretaria de Governo da gestão Michel Temer. Deixou o governo depois da suspeita de ter feito pressões para liberar uma obra em Salvador.
Outro caso
Na delação da Odebrecht, ele também é apontado por outro ex-executivo como destinatário de outra propina, no valor de R$ 3,6 milhões, entre 2007 e 2010, à frente da Integração Nacional. Em depoimento, o ex-executivo da empreiteira João Pacífico disse que o político baiano era identificado como "Babel".
Os serviços prestados pela Odebrecht , de acordo com Pacífico, integravam o projeto chamado de Transporte Moderno, que contemplava várias intervenções em Salvador, sobretudo obras viárias que reduzissem congestionamentos.
Nos doze meses antes da intervenção de Geddel, segundo o delator, a Odebrecht tinha recebido R$ 12 milhões pelo contrato com a prefeitura. Nos doze meses seguintes, a partir de 2007, no entanto, os pagamentos se regularizaram e atingiram R$ 22 milhões, montante que teria se avolumado a partir da intervenção do ex-ministro para que a gestão municipal efetuasse os pagamentos à empreiteira.
Ainda conforme o delator, Geddel começou a pedir recursos com a proximidade das eleições de 2008. Conforme Pacífico, os recursos não eram todos para o ex-ministro, mas também para o PMDB da Bahia.
Nesta sexta (14), Geddel disse que a acusação é "desavergonhada mentira". Ele disse ainda, que, na Justiça, demonstrará que essa delação é "obra de ficção científica"
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